terça-feira, 12 de maio de 2020

Tentando digerir (a quarentena, a comida, a loucura).
Das palavras já nem sei, são tantas e tão embaralhadas, proclamaram o fim do consciente que me regia. Estou aqui, mas a ligação caiu, ficou muda. Eu fiquei. Não lembro onde.
Entre tantos erros, acerto quando consigo a calmaria nesse turbilhão da mente. Inquieta.
O dia foi, vem voltando, e eu em planos. Eis que me vejo no caminho - qual deles já não é questão, só disseram que preciso escolher. Odeio escolhas. Carrego tudo nos braços, me despedaço, sou vulcão que consome tudo. E dói.
Não sei mais colocar em ordem. Nem as palavras, meu abrigo, estendem a mão.
Feito tudo, sobra ainda alma (já de outras passagens), estou inteira.
O mal passa logo.