terça-feira, 31 de agosto de 2010

Novos rumos. Deveria ser essa a ânsia de alguém nas vésperas de mais um ano. Mas quem garante que isso vale?
Tantas quimeras perdidas, psicologia inútil e uma pitada de terror. Eis que surge um gigante dentro de si, tão grande que te corrompe a respiração, tão feroz que te arranca as entranhas. E você se pergunta onde é que esteve por todo esse tempo, como pôde se perder dentro do que era seu, como pôde aceitar essa separação de espírito?
É que a vida já não quer lutar, porque é tão fácil só seguir, é tão fácil só esperar...
Puxa pelo nariz, solta pela boca, não contenha, continue. É isso? Sim, continue, não pára. Mas por que? É assim, não pára. O que posso.... Não pára porra! É, ainda estou aqui, mas dói, sofre, desanima.
Vamos ao novo. Vamos de novo.

Novos rumos. Deveria ser essa a ânsia de alguém nas vésperas de mais um ano (MAIS UM MEU deus). Mas quem garante que isso vale?
Tantas quimeras perdidas (tudo bem que aqui perde-se sempre), psicologia inútil (essa me mata de tão tola)e uma pitada de terror (não tão assustador como escrevo). Eis que surge um gigante dentro de si, tão grande que te corrompe a respiração, tão feroz que te arranca as entranhas (arranca de si, de ti, e continua tirando o inteiro da metade que você tem). E você se pergunta onde é que esteve por todo esse tempo, como pôde se perder dentro do que era seu (seria seu...), como pôde aceitar essa separação de espírito (nem percebe-se)? Como pude?
É que a vida já não quer lutar, porque é tão fácil só seguir, é tão fácil só esperar...(já chegou?)
Puxa pelo nariz, solta pela boca, não contenha, continue. (que me dizem)É isso?(que pergunto, na verdade sem esboçar coragem) Sim, continue, não pára. (me obrigam) Mas por que?(sempre pergunto) É assim, não pára. (mas que merda)O que posso.... (como termino se me corrompem?) Não pára porra! (aprendi como devo entender isso: tenho que parar, porra!) É, ainda estou aqui, mas dói, sofre, desanima. [digo que sempre tento, porque tento mesmo, mas não digo que consigo (e as vezes consigo)]

A gente sabe quando tá perdido, só não assumimos. E pagamos por isso.
Agora me diz quantas vezes sentiu medo e quantas vezes confessou? Pára de fingir e me diz quantas vezes...
Tudo mente, tudo refaz, tudo (des)anda. E pra que fingir o riso? Pra que fingir o gozo? Tenho ânsia. Não de novos rumos, mas de novas maneiras para continuar nesse mesmo sentido. Rio de mim, gozo de mim (em mim) e ainda assim também finjo, mas é pra manter a aparência do que não se quer mostrar.
Só não me pergunte o por()que. Não sei o por()que. E também não quero saber. Não me convém explicar.
Sei que gozo, admiro, mudo, aceito, desisto, fumo e bebo... Sei que vivo (mesmo que não sempre), mesmo quando não quero... E mais um ano não vai me fazer tão mal (mesmo que no próximo).
E volto aos sonhos. (eróticos) Vinte e dois.

sábado, 10 de julho de 2010

Talvez eu só queira aproveitar cada pedaço, cada espaço que cabe no meu ser.


E quando não consigo mais entender, deixo a vida tomar o rumo que deve..

Às vezes por um segundo esqueço de estar tão viva quanto deveria, mas a certeza aqui dentro é fulgaz.

Se houver um desencontro, volto meu caminho, desvio meus passos para o começo..E começamos novamente..

Sei o quanto devo e posso errar.O quanto algum desconcerto pode me fazer falir..Mas também sei que consigo reerguer, revidar, ressurgir.

Metade do que posso dizer são simplesmente palavras de amor..E todas as que você ainda não tenha escutado. O resto prefiro deixar aqui, ausente dos outros, dentro de mim.

Se alguma dúvida quiser apontar, faço questão de estar lá, de falar novamente tudo que possa ter sumido da memória..

Mas não tenha, em algum dia que eu me ausente, nenhuma incerteza dos verbos que costumo dizer. Na verdade são palavras que me dão forças, e os verbos que me fazem andar. Estar, ser isso que procurei transparecer, continuar soando esses e todos os outros sons que meu corpo possa exalar.

Sentir por você, estar por você. E fazer de todo pouco, um muito que nos envolva e permita traduzir todos os sentimentos que nos aflora.

Estar e continuar aqui e onde estiveres.

A rima pouco importa quando o amor fala mais alto..Ou apenas sussurra serenamente dentro de nós. De qualquer forma, sei o quanto isso pode significar, e significa. Basta saber traduzir destas palavras, os mais puros sentimentos, e assim saberá o que vai dentro de mim.
Um olhar sobre a realidade do mundo depende muito da realidade do olhar que cada um tem. Cada ser tem uma forma diferente de enxergar isso, um ponto de vista, um objetivo e experiências diferentes.


Talvez estejam com o olhar fixo num mundo que não precisa apenas ser visto, mas sentido e vivido dentro de seu verdadeiro valor. A verdade é que cada um enxerga a realidade do jeito que a imagina, e quando tentam impor seus ideais, entram em conflito com o mundo.

Algumas pessoas tem medo de expressar o que sentem e seu modo de ver as coisas por enxergarem de outra forma. Enxergar é querer ver, sentir. É preciso existir por si mesmo e não esperar aprovação dos outros para fazê-lo.

O ato de olhar não se limita somente a olhar para fora, para o visível, mas também para o invisível, nossa imaginação, nossos sonhos, e passar a enxergar que as coisas vão muito além do que se vê. O olhar vem de dentro, o olho apenas nos revela aquilo que queremos ver. Enxergamos também com a mente. O olhar é a interpretação do que imaginamos. A beleza das coisas depende de que lado você as vê.

Existem pessoas que ao olhar algo ou alguém, criam um caráter e fazem um julgamento que elas mesmas inventam, deixando de perceber que nossos olhos enxergam aquilo que temos dentro de nós. Elas passam a acreditar na realidade que criaram. Nesse mundo de desigualdades, o que temos são seres cegos.Cegos de razão, emoção, coragem. Cegos que não querem enxergar o verdadeiro sentido do que é viver. Fizeram da vida um TITANIC. Tudo em excesso, e quando isso sai do controle, transbordam, ficam sem nada. É o que acontece quando tentam ver através de outro olhos o que só elas mesmas são capazes de fazer. Querem ir além do que lhes cabe, invadir espaço e fingir não perceber o quão é inútil tentar roubar olhares se nunca terão seu verdadeiro sentido.

Ter tudo em excesso é, ao mesmo tempo, não ter nada. Se perde a sensibilidade, não se vê as coisas que realmente importam, passa-se a acreditar na quantidade e vive-se com o excesso da falta do real.

A nossa forma de olhar o mundo, não muda como o mundo nos vê.

 
 
Redação p/ o teacher de filosofis
Pus uma pedra em meu caminho, e agora já nao sei para onde vou.
Sei o que me espera, mas já nao espero saber tanto.
Tantas vezes pensei estar correta e agora só me resta o erro. De ter vivido sem tentar, de ter passado todo esse tempo esperando que algo de bom acontecesse.
E agora a vida me guia como se eu já não soubesse caminhar, como se as ondas que passaram por mim tivessem levado meus pés. E o que me levou pra tão longe foi saber que não posso ter e ser tudo que eu quero.
E todas essas verdades me fazem engolir a seco todo esse mar de angústias que criei.
Poderia ser a melhor de todas as vidas, mas eu sempre coloquei um começo, meio e fim nos meus dias. Desaprendi a viver fora do limite. Engasguei com essas palavras dentro de mim, sem poder dizer o quanto me doía, o quanto me feria esses tantos desencontros.
Acabei enfim com toda a verdade que eu carregava, me prontifiquei a acabar com toda a dor que sentia. E assim fiz da minha vida um mar negro, por onde ninguém navega, por onde nada detém calor.
Esqueci minhas asas e me fiz cair a cada passo que eu dava.
Foram bons os momentos em que pude estar em mim, mas agora já não faz tanta diferença estar. E tudo o que bastou foi um coração pulsando mais do que devia, querendo sair de mim, encontrar a direção. Sua direção.
Começo a pensar que talvez seja a hora de partir, mas não antes de poder olhar nesses olhos que me fizeram viva e dizer o quanto foi real. E o quanto significa para mim.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Não me faz bem estar aqui.
Não por tudo que me vem na cabeça, mas por tudo que me saiu.
Estive certa de que seria do mesmo jeito até o fim, mas o fim acabou chegando cedo. Pela falta ou excesso de mim mesma.
Excessos da angústia que me fazia morrer a cada dia, falta da minha verdade. Não por não ter-me, mas por não conseguir fingir me ter. Me fiz dona de toda tolice e percebi que talvez seja isso. Tolice minha.
Mas a cada passo que tento dar, me voltam dois.
Quero vida ao vento, sol na cara, riso na alma. Mas é tanta escuridão meu ser.
Ser de açúcar, logo de desfaz... Castelos de areia, caminhão de esperança, colorido que me escapou. Vivo o preto e branco, sonho em negrito. Grito. Me jogo, jogo com a vida. E alguém esperava que fosse mais? Talvez eu esperasse. Mas em algum canto, alguém esperava também. E me fez morrer.
Não me fez bem estar. E não fiz bem estando.
Caí em tantos barrancos que fui perdendo minha própria essência. Ou a deixei exalar demais.
Talvez seja bom, ou me faça cair mais fundo. E se toda a lágrima que deixo cair me fizer serena, digo que tento. E tento pra não parecer tão tola. Porque sei o quanto tudo isso não afeta somente a mim.
Mas me faz perder um pedaço que eu já não tinha.

terça-feira, 25 de maio de 2010

E se num passe de mágica tudo pudesse desaparecer?
Se num segundo eu pudesse me ter, e assim mostrar que estou no comando?
Por quantas trapaças alguém se vende, se compra, se mata?
Seria bom repousar enquanto os loucos correm em busca dessa perfeição irrealizável. Seria bom correr de si, mas é tão ridículo brincar de esconde-esconde sozinho...
Tanto mar lá fora, e você aqui, lutando contra a secura. Mar de areia. Promessas esquecidas e cinzas de anteontem.
Lacunas de saudade, desejo, calor. O frio me alimenta. Por isso um coração vazio de esperanças me habita.
E habito esse lugar que tentam salvar.
Calafrios, pulsação, detenção. Tanto eu aqui dentro que esqueço o que não sou. Ou sou e sendo, não me faz falta.
E se tudo pudesse aparecer?
Cresça, mostre, abale.
Se posso me ter, também posso te. Ter.
Repouso. Sem intenções de dias piores.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Tantas histórias pra contar e aqui estamos mais uma vez indagando por que não foi melhor. Agora que estamos tão juntos, tão sóbrios, seria bom uma dose, que não fosse forte demais, mas que não me deixe no mesmo estado. Que me arrebate e me leve pra longe, pro alto, infinito dentro do meu próprio peito. E mesmo assim sou metade do inteiro que eu sinto.
Vamos levar juntos aquela velha vida. Eu faço a comida, você põe a mesa, e me põe. No seu colo, na sua janta, na sua graça. Rimamos os finais pra fingir que sabemos viver bem, e afinal vivemos mesmo.
Eu em você e você na minha manha, no meu ar. Tão sereno que não parece amor. Parece arte. Vivemos de arte, sacana, própria de nós. E brindamos. Amar.
Arte de fazer e fingir tão bem que enganamos até a nós mesmos. Que magia tão fora de moda é essa que nos trai(atrai)?
Poucos minutos e te encontro no mesmo lugar, na mesma reza, no mesmo gozo. E vamos viver o resto de mais um dia. Sem intenções. Boas.

sábado, 8 de maio de 2010

Se me torno fria, o gelo me queima.
Tanto tempo sem perceber o mal que não me cabia, as feridas que ficaram abertas sem nem ao menos terem motivos para estarem lá sangrando, o jardim que todo dia estava lá esperando para que eu percebesse a beleza que eu poderia ter se tivesse prestado atenção no meu caminho.
Agora toda vez que sento aqui e me lembro do que poderia ser, agradeço pelo que está sendo. As tantas farpas que deixei, as tantas lágrimas que fiz cair, o meu mau humor de todo dia não afetaram somente às pessoas que estavam perto de mim. Afetaram a mim mesma, que tentei disfarçar por tanto tempo os buracos aqui dentro e agora me pego pensado no buraco que fiz nas pessoas, na minha falta de atenção e até na minha falta de tesão pela vida. Tudo por tão pouca esmola. Esmola que não me deu nada mais que dores e angústia.
Então decidi que por mais duro que seja, eu vou levar minha vida não para frente, mas para cima. Por que pra frente é fácil, é só empurrar.
E a cada vez que me tornar irracional, vou parar e lembrar que eu posso ser muito mais que isso para as pessoas e para mim mesma. Que eu posso fazer brotar o amor, eu posso fazer brotar sorrisos, eu posso e consigo tudo aquilo que por tanto tempo me impedi de fazer. Me sequestrei.
Agora se me torno fria, o gelo me queima.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Hoje estive olhando para este rosto que me persegue. Há tanto tempo eu não enxergava a sombra deste meu corpo e não via estes cabelos soltos.
Parece difícil escolher o que seguir e mais difícil ainda seguir o que escolheu. São tantos devaneios e atrasos, tantas decepções e erros, que acabam se esgotando as verdadeiras irrigações de um ser. Por quanto tempo pude estar junto de mim? E por quanto tempo fingi estar? Por quanto julguei? Por que me julgaram?
São sim distorções de si, explorações do que não faz parte, intimidação com um mundo que me acolhe e engole.
Pedaços de mim que ainda não descobri, e restos do que nunca me coube. Talvez também seja grande parte do que sonhei ser, e pensando ser, acabei me perdendo.
Esses sonhos que me põem ao chão também já me deixaram flutuar em céus de prata. E cobre. E ouro. E sangue.
E tantos deslizes me fizeram ver - por olhos e sentimentos- as vezes que me deixei abater por poucos drinks e as vidas que deixei passar por tão pouco tempo. Tempo em que, com minhas unhas em bordô, pude fazer de mim e de todos o que eu quisesse, porque não me abalaria. Não me faria cair, ser punida, banida. Me trouxeram então a última dose - que tomei há pouco- para que eu não pudesse mais rir dessa cara que me assombra, e para que me colocasse num mundo onde nunca quis estar antes.
E eis que estou aqui, pagando por meus goles e minhas tragadas. Bebendo mais um punhado desse fel que me fez doce, e dessa ânsia que me faz viva. Deixando esse rastro que se fez negro, e seguindo essa estrada que me deu escolhas.
Escolhi o doce do amargo. E o viver da vida.