Quisera poder alocar esse espaço que me intriga. Vender pra um outro eu qualquer. Livrar de mim os achismos de ser quem sou - ou deveria ser.
Quisera poder, num suspiro de retorno, enfrentar a mim mesma. Meus males me atacam, meu bem me paralisa.
Quisera dizer, e dizendo, tocar, e tocando, fazer perceber os emaranhados que me afastam do que te aproxima.
Quisera estar em paz com meus demônios, limpa de mim, cercada das certezas que tive.
E entrego tanto, entrego tudo. Não quero carregar nas mãos a ferida de outrem. Que carregue eu meu coração em pedaços.
Que carregue eu meu coração - e o que ele guarda.