Assusta. E não pelo ser.
Parecer é o que desarma. Enquanto aos prantos se tenta equalizar, por fora o sonoro eco da aparência imobiliza.
Em tantos cacos a vida me fez, mais parece pesado o olhar alheio.
Que de quimeras vivo, iludindo um coração fraco de bater. Na ânsia de mostrar o que vale, mais me matam as percepções de um casco provisório.
Vês? Não é o que parece. Nunca foi.
Mas lá no fundo, na alma que estes olhos abrigam, há um tanto que poderias enxergar.
E fali novamente na entrega. Porque quem não quer receber, arruma qualquer motivo para escapar.
Por dentro é tão maior, nas veias me correm rios, afogando o amargor de ser pronfuda quando o raso cativa a multidão.
Eis que me vejo onde sempre deveria estar, onde posso ser do tamanho que sou, onde o acalento me faz companhia. Sou minha.
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