sábado, 22 de julho de 2023

 Da janela que lhe escrevo a brisa bate como quem anseia entrar... E entre todos os vãos que me permito, tua presença preenche, tal como líquido que se derrama inundando tudo que encontra. E me deixo, sem medo, sem pudor, sem culpa do que é e do que será. Nas fases que enfrento, a sua não quer passar... Ou eu?

Da janela que abriu, te vejo. Horas a fio, sorriso estampado, eco embriagado. Por quantas estações seguirei antes que a chegada me aceite? Ou quando e onde a sua me estacionará?

De onde suspiro, mundos colidem, esperanças berram, amores paralisam. Deveras sou um pontinho finito nesse mar de mãos que se deixam escapar, e voltam aflitas no aperto do que se tem. Quem dera me olhes dessa janela e, num aceno sincero, digas que vem.

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