Lembrança.
Pequeno espaço que dilacera.
Nas veias corre a ânsia, a irresistível luta pelo futuro.
Tremor, desejo, alucinação.
Em meio às quimeras - que tive-, fugas tuas que me corrompem. Ou te?
Ensaios que não serão apresentados, destinos bifurcados.
A noite sussurra que logo vem outro dia, já não me basta o hoje. No encolher do passado, o futuro se achega, me engole.
Lembrança.
Vazio do que outrora preenchia.
Nas ruas o cálice do porvir me chama para uma nova ressaca.
Encanto, distância, exaustão.
De tudo que me valia, já não cobro mais, já não me importa mais. Sigo o fluxo de uma alma em chamas.
Lembrança. Teu olhar me ata. Tua boca me aviva. Tua ausência ecoa.
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