sábado, 10 de julho de 2010

Talvez eu só queira aproveitar cada pedaço, cada espaço que cabe no meu ser.


E quando não consigo mais entender, deixo a vida tomar o rumo que deve..

Às vezes por um segundo esqueço de estar tão viva quanto deveria, mas a certeza aqui dentro é fulgaz.

Se houver um desencontro, volto meu caminho, desvio meus passos para o começo..E começamos novamente..

Sei o quanto devo e posso errar.O quanto algum desconcerto pode me fazer falir..Mas também sei que consigo reerguer, revidar, ressurgir.

Metade do que posso dizer são simplesmente palavras de amor..E todas as que você ainda não tenha escutado. O resto prefiro deixar aqui, ausente dos outros, dentro de mim.

Se alguma dúvida quiser apontar, faço questão de estar lá, de falar novamente tudo que possa ter sumido da memória..

Mas não tenha, em algum dia que eu me ausente, nenhuma incerteza dos verbos que costumo dizer. Na verdade são palavras que me dão forças, e os verbos que me fazem andar. Estar, ser isso que procurei transparecer, continuar soando esses e todos os outros sons que meu corpo possa exalar.

Sentir por você, estar por você. E fazer de todo pouco, um muito que nos envolva e permita traduzir todos os sentimentos que nos aflora.

Estar e continuar aqui e onde estiveres.

A rima pouco importa quando o amor fala mais alto..Ou apenas sussurra serenamente dentro de nós. De qualquer forma, sei o quanto isso pode significar, e significa. Basta saber traduzir destas palavras, os mais puros sentimentos, e assim saberá o que vai dentro de mim.
Um olhar sobre a realidade do mundo depende muito da realidade do olhar que cada um tem. Cada ser tem uma forma diferente de enxergar isso, um ponto de vista, um objetivo e experiências diferentes.


Talvez estejam com o olhar fixo num mundo que não precisa apenas ser visto, mas sentido e vivido dentro de seu verdadeiro valor. A verdade é que cada um enxerga a realidade do jeito que a imagina, e quando tentam impor seus ideais, entram em conflito com o mundo.

Algumas pessoas tem medo de expressar o que sentem e seu modo de ver as coisas por enxergarem de outra forma. Enxergar é querer ver, sentir. É preciso existir por si mesmo e não esperar aprovação dos outros para fazê-lo.

O ato de olhar não se limita somente a olhar para fora, para o visível, mas também para o invisível, nossa imaginação, nossos sonhos, e passar a enxergar que as coisas vão muito além do que se vê. O olhar vem de dentro, o olho apenas nos revela aquilo que queremos ver. Enxergamos também com a mente. O olhar é a interpretação do que imaginamos. A beleza das coisas depende de que lado você as vê.

Existem pessoas que ao olhar algo ou alguém, criam um caráter e fazem um julgamento que elas mesmas inventam, deixando de perceber que nossos olhos enxergam aquilo que temos dentro de nós. Elas passam a acreditar na realidade que criaram. Nesse mundo de desigualdades, o que temos são seres cegos.Cegos de razão, emoção, coragem. Cegos que não querem enxergar o verdadeiro sentido do que é viver. Fizeram da vida um TITANIC. Tudo em excesso, e quando isso sai do controle, transbordam, ficam sem nada. É o que acontece quando tentam ver através de outro olhos o que só elas mesmas são capazes de fazer. Querem ir além do que lhes cabe, invadir espaço e fingir não perceber o quão é inútil tentar roubar olhares se nunca terão seu verdadeiro sentido.

Ter tudo em excesso é, ao mesmo tempo, não ter nada. Se perde a sensibilidade, não se vê as coisas que realmente importam, passa-se a acreditar na quantidade e vive-se com o excesso da falta do real.

A nossa forma de olhar o mundo, não muda como o mundo nos vê.

 
 
Redação p/ o teacher de filosofis
Pus uma pedra em meu caminho, e agora já nao sei para onde vou.
Sei o que me espera, mas já nao espero saber tanto.
Tantas vezes pensei estar correta e agora só me resta o erro. De ter vivido sem tentar, de ter passado todo esse tempo esperando que algo de bom acontecesse.
E agora a vida me guia como se eu já não soubesse caminhar, como se as ondas que passaram por mim tivessem levado meus pés. E o que me levou pra tão longe foi saber que não posso ter e ser tudo que eu quero.
E todas essas verdades me fazem engolir a seco todo esse mar de angústias que criei.
Poderia ser a melhor de todas as vidas, mas eu sempre coloquei um começo, meio e fim nos meus dias. Desaprendi a viver fora do limite. Engasguei com essas palavras dentro de mim, sem poder dizer o quanto me doía, o quanto me feria esses tantos desencontros.
Acabei enfim com toda a verdade que eu carregava, me prontifiquei a acabar com toda a dor que sentia. E assim fiz da minha vida um mar negro, por onde ninguém navega, por onde nada detém calor.
Esqueci minhas asas e me fiz cair a cada passo que eu dava.
Foram bons os momentos em que pude estar em mim, mas agora já não faz tanta diferença estar. E tudo o que bastou foi um coração pulsando mais do que devia, querendo sair de mim, encontrar a direção. Sua direção.
Começo a pensar que talvez seja a hora de partir, mas não antes de poder olhar nesses olhos que me fizeram viva e dizer o quanto foi real. E o quanto significa para mim.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Não me faz bem estar aqui.
Não por tudo que me vem na cabeça, mas por tudo que me saiu.
Estive certa de que seria do mesmo jeito até o fim, mas o fim acabou chegando cedo. Pela falta ou excesso de mim mesma.
Excessos da angústia que me fazia morrer a cada dia, falta da minha verdade. Não por não ter-me, mas por não conseguir fingir me ter. Me fiz dona de toda tolice e percebi que talvez seja isso. Tolice minha.
Mas a cada passo que tento dar, me voltam dois.
Quero vida ao vento, sol na cara, riso na alma. Mas é tanta escuridão meu ser.
Ser de açúcar, logo de desfaz... Castelos de areia, caminhão de esperança, colorido que me escapou. Vivo o preto e branco, sonho em negrito. Grito. Me jogo, jogo com a vida. E alguém esperava que fosse mais? Talvez eu esperasse. Mas em algum canto, alguém esperava também. E me fez morrer.
Não me fez bem estar. E não fiz bem estando.
Caí em tantos barrancos que fui perdendo minha própria essência. Ou a deixei exalar demais.
Talvez seja bom, ou me faça cair mais fundo. E se toda a lágrima que deixo cair me fizer serena, digo que tento. E tento pra não parecer tão tola. Porque sei o quanto tudo isso não afeta somente a mim.
Mas me faz perder um pedaço que eu já não tinha.