quinta-feira, 8 de julho de 2010

Não me faz bem estar aqui.
Não por tudo que me vem na cabeça, mas por tudo que me saiu.
Estive certa de que seria do mesmo jeito até o fim, mas o fim acabou chegando cedo. Pela falta ou excesso de mim mesma.
Excessos da angústia que me fazia morrer a cada dia, falta da minha verdade. Não por não ter-me, mas por não conseguir fingir me ter. Me fiz dona de toda tolice e percebi que talvez seja isso. Tolice minha.
Mas a cada passo que tento dar, me voltam dois.
Quero vida ao vento, sol na cara, riso na alma. Mas é tanta escuridão meu ser.
Ser de açúcar, logo de desfaz... Castelos de areia, caminhão de esperança, colorido que me escapou. Vivo o preto e branco, sonho em negrito. Grito. Me jogo, jogo com a vida. E alguém esperava que fosse mais? Talvez eu esperasse. Mas em algum canto, alguém esperava também. E me fez morrer.
Não me fez bem estar. E não fiz bem estando.
Caí em tantos barrancos que fui perdendo minha própria essência. Ou a deixei exalar demais.
Talvez seja bom, ou me faça cair mais fundo. E se toda a lágrima que deixo cair me fizer serena, digo que tento. E tento pra não parecer tão tola. Porque sei o quanto tudo isso não afeta somente a mim.
Mas me faz perder um pedaço que eu já não tinha.

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