sábado, 20 de dezembro de 2008

É aqui que se encontra a felicidade? De longe avistei o mar e não sei se pude sonhar por muito tempo até chegar aqui.. Entrei na água, tentei desvincular todo tipo de atenção com esse mundo que me faz cruel, silêncio.. Foi o que consegui escutar durante tantos anos, sem perceber que me fiz morrer a cada dia para entender o que significava..
Agora que estamos aqui, frente a frente neste muro, preciso te dizer o que senti... Enquanto meu coração pulava aflito, minha alma tentou alcançar patamares mais altos..e meu pranto espalhava-se em rios, fazendo com que toda essa existência me fosse inútil.. Parei de pulsar por tanto tempo que já adaptei-me com a frieza desse olhar, não sei afastar de mim o sentimento que acolhi há pouco.. Ou não posso afastá-lo..
Diz que não é tu que me afaga a mão enquanto diz essas profanas palavras de desespero, fala-me das noites sem mim, dos dias sem meu ser... Congela meu corpo sem o teu bem querer...
Escuridão de sentimentos, confidências do meu país de maldades...
Felicidade? Onde? Preencheu-me.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sabe a diferença entre ser bom e fazer o mal? Quando você tenta agradar a todos, lhe retribuem com flores negras. E se você faz o mal, levantam-se para aplaudi-lo.
Então o que tenho a dizer é que se fodam os julgamentos dessa humanidade perdida. Se querem aliar-se aos 'almas sujas', façam por merecimento -(que nada mais merecem por sua tolice incalculável).
Se for preciso dizer mais uma vez, direi (com o peito estufado e grata por não precisar desse desprezo ridículo), mas não garanto a integridade dos que ouvirão.

sábado, 29 de novembro de 2008

Se cada vez que apertasse um botão, meus lábios se abrissem em sorriso, estaria convencida de que a vida futura seria ótima.
Acostumei-me com as faltas de mim. A cada dia que procuro encontrar-me, me perco em desesperanças, percorro ruas e lugares por onde nunca passei e ainda assim me parece seguro afirmar que conheço mais do que queria.
Minha sorte foi ter sido mais encabulada que sorridente, mais sonho que presença, mais pranto, menos casos. E nessa de viver para estar viva, acabei me vendo sem caminhos, engoli o seco da garganta e limpei o vermelho de meus lábios. Por tantas vezes parei no tempo e fiz com que ele parasse para mim, para que me olhasse com o verdadeiro sentido das horas e os importunos segundos que me fez aturar.
Se consegui destacar algo que foi bom, posso dizer do gozo de estar aqui enquanto tantos outros não puderam ficar. Mas não vejo com tantos bons motivos a estadia no 'país das maravilhas' sendo que esse, surreal e infame, tem me feito deglutir falsos moralistas. Esperei o show começar, e com lágrimas nos olhos, notei que não eram pra mim os aplausos do fim, e sim para aqueles que me fizeram morrer aos poucos por acreditar em suas verdades mal elaboradas.
Passou mais um, o outro que chega não me garante muitas expectativas - que essas eu prefiro não acumular-, mas me vejo correndo nele como as horas desse dia em que me aprisiono por não ser como os outros. Isso tudo era tão banal quando comecei as especulações da minha vida. Os outros me tocam com o avesso, e mesmo quando tentam me julgar, eu os olho com esses olhos de Ceci e logo me apaixono por cada um, cada outro.
Quando as margens desse rio secar, corre pro lado de lá, leva um balde pra estocar a água que ainda não foi... E se não conseguires, colha essas lágrimas que lhe garanto a cada dia. Toma essa toda melancolia que um dia hei de apagar.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Seres que exalam. Essa é a essência que me faz sussurrar, manter-me de pé quando tantos anos tentam me derrubar.
Se posso ainda dizer que entendo, prefiro manter os pensamentos sóbrios e o corpo um pouco embriagado. Me faz calar a alma estar só enquanto tantos esbarram-se indiferentes. Aos muitos consigo dizer, mas aos poucos faço esclarecer. É detalhar demasiado o ser em questão que me faz desistir, insisto em alguns tons, tento algumas notas, mas ao fim levo a certeza do saber que não faz diferenças.
Se pelos certos mares navegasses, chegaria a ti com a ânsia do corpo e alma. Enxergaria que apenas nesse notório espaço de gente encontro minha paz, mas ao céu cabe desabar mais uma vez em mim. Permito-me estar aqui, sonhando com o sempre, o talvez e o presente. Na verdade esqueci de juntar as folhas do último outono e agora mergulho em mais um verão ausente de par. Seria fácil compreender que tento explicar o que tu já sabes. O problema é o que finges não saber; - esse me rouba o ar completamente.
Continuo ímpar, indireta e com uma vaga...
Vaga lembrança de ser o único provavél efeito contrário.
Vaga esperança de ter todo sentimento necessário.

domingo, 19 de outubro de 2008

E o fim é belo e certo, depende de como vc vê...

Amar o próximo como a ti mesmo, dar mais que receber, compreender para ser compreendido.
Ser e acreditar em si mesmo, não ligar para o que os outros dizem. . Apesar de eu odiar essa contradição, infelizmente é isso..Por mais que eu queira entender e ajudar as pessoas, cada um vai agir de acordo com seus ensinamentos..Não há como mudar a visão de uma pessoa se você tem seus próprios olhos e não consegue enxergar o quão é bom estar sozinho num mundo em que ser egoista está na moda.
Julguem a mim os bons deuses. Não mais me importo com as leis de tantas vidas atrás. O meu mandamento sou eu quem faz.. Por que tantas desculpas se o que importa está forrado com esse corpo de mal-me-quer? Ah se as virtudes desses tempos fossem como as quimeras.. Sonhos que não voltam, práticas sem evolução. A ferida aberta escorre no peito com o perfume das estratégias bem intencionadas.
Se o melhor fosse bom para todos, não haveria confusões desesperadas. Cada um tem em si o bom individual, a promessa que se faz ao espírito quando não se tem mais nada a perder. O que lhe é útil hoje, pode desfazer-se amanhã, e assim continuamos a caminhada.. Sempre procurando a evolução do que não tem fim, sem saber que é tão raro encontrá-lo. Finda a vida e o sofá afundando com a quentura dos fundos.
Será mesmo bom pensar no que está fora de si? Amor próprio: a melhor maneira de sentir-se amado. E é ótima a companhia do eu mesmo.

sábado, 18 de outubro de 2008

na verdade eu sei..

Talvez não seja agradável tomar um chute sem ter o que ser chutado..O que é na vida um simples passar do tempo? façamos todo dia a valsa dos desordenados..a dança dos que se foram e dos que se vão a cada minuto aflito em que passamos tão despercebidos..
Quem sabe nossa vida não esteja tão ligada à dos outros..Pura magia do ser. Um aqui, outro lá..E não nos faz diferença se a tarde está cheia ou o domingo vazio..Estaremos sempre na ânsia de ser melhor e fingir que a falta não faz falta..E se faz, sabem disfarçar tão bem..Já não são bem vindos os 'te quero bem', 'adeuses', 'te vejo logo'..
Piora a serenidade, distrai o bem querer, desfaz o resto do fim do mundo..Cadê os que sempre foram presentes?Ausentes? Golpes fatais nunca foram tão exatos. Amores vitais nunca foram tão inaptos..
Agora que a brisa parou, já não se faz necessário o ar nos pulmões. Furacão de sangue.
Antes a propriedade de si, agora a intenção do novo mundo. Comando da alma aflita, desfavores do eu cego. Interrupção para os pensamentos bons. Há quem saiba amar.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

..eu não sei na verdade quem sou..

Faz parte da música..mas fez parte do meu eu..
Cheguei feliz e sedenta de risos..Me escaparam palavras de gozo e alegramento..Mas ao fim.. Tudo acabou como acaba o espetáculo no palco sem platéia..Sem aplausos e sem demonstrações de almas inundadas da minha metade.
Cheguei ao público e deixei vazar minhas oportunidades, mostrei o que levava e perdi o que revelei. Levaram de mim a parte que queriam..E deixaram aqui tudo de que não faziam questão.
As marcas vão ficar, que sempre ficam...Mas os erros eu esqueço e novamente estarei aqui para um leite com rosquinhas.
Prevalece a força..Mas cadê essa que tanto me escapa? Força de dentro, forças de fora. Interromperam o bem estar por tão pouco que não vale a pena cair agora.
Acaba o dia, fingimos alegria, escalamos montanhas de desilusão e voltamos ao que sempre fomos... Grãos do mínimo, átomos do ser maior.
Perdemos a esperança ou ela nos fez perdê-la?
Risos, pulos, e mais uma vez a dança dos véus... Esconder a face talvez solucione parte do que não é.

sábado, 10 de maio de 2008

Por uns instantes a lei é outra, e como numa sustentação do insustentável, precisamos dizer a que estamos aqui. Qual a função do ser e a loucura da mente? É um brinde ao imperfeito, que caminha a passos tortos para a perfeição. A atração dos corpos e o transe na alma. A verdade oculta dentro de si mesmo. Quando estamos aqui, a realidade grita e os ecos já não são as perturbações de sonhos de areia . A idade da alma desmente a do corpo.