terça-feira, 25 de maio de 2010

E se num passe de mágica tudo pudesse desaparecer?
Se num segundo eu pudesse me ter, e assim mostrar que estou no comando?
Por quantas trapaças alguém se vende, se compra, se mata?
Seria bom repousar enquanto os loucos correm em busca dessa perfeição irrealizável. Seria bom correr de si, mas é tão ridículo brincar de esconde-esconde sozinho...
Tanto mar lá fora, e você aqui, lutando contra a secura. Mar de areia. Promessas esquecidas e cinzas de anteontem.
Lacunas de saudade, desejo, calor. O frio me alimenta. Por isso um coração vazio de esperanças me habita.
E habito esse lugar que tentam salvar.
Calafrios, pulsação, detenção. Tanto eu aqui dentro que esqueço o que não sou. Ou sou e sendo, não me faz falta.
E se tudo pudesse aparecer?
Cresça, mostre, abale.
Se posso me ter, também posso te. Ter.
Repouso. Sem intenções de dias piores.

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