Eu não era eu.
De tantos espaços e caminhos, virei labirinto.
Em tantas tomadas, refém do que me propus, fali amargamente.
E revivi, inúmeras vezes tentando o acerto. Reavaliei, reestruturei, recomecei.
E cada dose foi o suficiente para embriagar minh'alma. O corpo coberto de olhos que não me vêem, o cálice de conversas mundanas, a foice que me envolve a carne.
Eu não era eu.
E até convinha dizer que sim, que tudo de perfeito podia me habitar, que os laços frouxos estavam ali para não sufocar. Mas a verdade é que os nós me alimentam. Só assim o vôo é seguro e me mantém viva.
Agora sou.
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