domingo, 18 de janeiro de 2009

Desnecessário...Necessidade. Pra que tantos passos se não te mostram a direção? As estradas que por dias tentei seguir me levaram ao encontro do nada - esse que tanto me assustou. Assisti ao jogo dos erros sem querer crer que eles permaneciam nesse íntimo que jurei intocável. Participei da valsa, cantei todos os mares, cresci com desilusões..Mas esse que me esmaga hoje, já tem seu lugar garantido em minhas veias. Acampamento de verão, inverno, outono.. Primavera vermelha. Onde quer que eu esteja, onde quer que eu te encontre, não precisarei sair desse lugar - já me basta a dor dos idos. Foram tantos desencontros de mim mesma, que já sei onde me encontrar quando me escondo.. Pode parecer óbvio, mas minhas armadilhas estão apontadas para mim. Ser de guerra, luta, invasão. Sertão de pedras. Céu de meia estação, coração, coração. Alma? Por dentro me dói. Sentimento corrosivo de ser meio tua. Ou meia - não me passa coisa pior. Não me cansa transparecer, continuo sendo o que tu vês. Participo da dança das almas, lavo meu corpo e desperto alguns maus caminhos. Não que seja necessário você aqui, mas que essa desnecessidade tua me mata. Esquerda, direita, infinito em vão. Nada dura para sempre.

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