quarta-feira, 20 de abril de 2016


Sono.
A longa espera do dia me abate, me maltrata e bem-me-quer. Arde o olho, a face, a alma. E penso. Quantas mais vezes hei de erguer esses olhos que me corrompem? Quantas vezes sei o que me mantém na forçada dúvida de estar? Embargo.
Meia noite, quatro, duas, seis . Já não conto tão bem como antes . Talvez a solidariedade da noite me aqueça nos vãos que me fazem fria. Talvez eu a esfrie.
Sono. Sonho usar-te a meu favor, mas quem sabe quando tu és real? Escorre entre minhas mãos, sela minha face desbotada.
Escoro nos cantos, me debato em agonia. Sonho ou fantasia? É pranto.

Nenhum comentário: