terça-feira, 2 de outubro de 2007

Eis a esperança esperando que a espera não seja tão esperada. Eis o gole já ingerido. Eis a música que toca nos teus ouvidos. Eis o talvez, e o nunca, e o sempre.
Assim começa a encenação de uma vida. A esperança e tudo que já passou, morreu, estancou. Enquanto uma menininha toma sua poção mágica, os sapos esperam sua vez. Quando chega a madame em sua mais bela vestimenta, os olhos a seguem, supõe-se que seja a mais bem cotada da noite. Mas ela é só isso, um pedaço de pano amarrado a um corpo ultrapassado.
De que vale tudo isso se não há conteúdo? De que vale o circo se os palhaços já não fazem rir?
É a longa espera que te faz infeliz. As luzes se apagam e você ainda espera o espetáculo começar. Qual é o tema que te interessa? O tema do acabou? Esse eu lhe ofereço, presente.
Aqui começa um novo começo, dos começos acabados e das histórias mal contadas. Esse é o restante restado. A pancadaria suave, os grãos de areia que ainda não grudaram em seu corpo. Toma teu chá, curte tua poesia, escreva pra mim um poema das primeiras intenções. As segundas, eu já to de saco cheio. Rapaz, se te pego no canto te digo mil palavras, escoro tua face e ainda quebro teus tendões. Não crie problemas por um ósculo não efetuado. Oscule a face do perdedor e cante a vitória. Esse eu tava certa, venceria tuas questões.

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