quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

 Eu gosto dos golpes...

Mas duros como me vão, perco a cabeça.

Perco o ar

Perco o chão.

Tenho tudo e quando me vês, o tudo é pouco.

O nada parece veloz e cabível.

A brisa que me toma anseia por tanto. E tão pouco me bastaria...

E fico sã, em meio ao caos ainda me mantenho vívida.

E nem tudo me acolhe, nem tudo me acalma.

Os golpes, duros e infalíveis, me acertam.

Mas não me levam, não me calam.

Eu vibro, me envolvo, aceito.

Aos poucos voltam o ar, o chão, e tu.

Volto a mim, suspiro, os ais me alimentam

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