Engana-se quem tenta ler,
Porque é canto, é brisa, é eco.
Entre teus devaneios se vai o belo,
Descalço em terra de cacos.
Engana-te porque queres que assim seja:
Tua razão acima da ternura.
E perdes, que quem joga uma hora perde.
Escolhe por fora, desconhece e ignora o interior, que digo-lhe: vale mais.
Engano-te, não por escolha minha, mas porque teus olhos já escolheram a direção errada.
E veja bem, se perguntas eu respondo. E esse é o ponto fraco, pois não queres saber.
Por isso canto, o que sai de dentro me parece melhor aos olhos certos.
Tu me enganas, e eu, certa de mim, conheço mais a fundo a verdade que carregas.
Deixei-te.
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